Pesquisas com fitoterápicos na UNIFIPA apontam novos caminhos para o tratamento de inflamações, doenças crônicas e queimaduras Mauro Assi sexta, 24 de agosto, 2018 Grupos de pesquisas formados por professores e alunos do Centro Universitário Padre Albino/UNIFIPA apontam novos caminhos para o tratamento de inflamações, doenças crônicas e queimaduras. Com trabalhos de mestrado, doutorado, pós-doutorado, iniciação científica e TCCs, os estudos exploram a atuação de extratos de plantas medicinais administrados em associação ou isolados em modelos de queimadura de segundo grau, doença pulmonar, hipertensão e inflamação ocular. Os resultados de dois desses estudos foram publicados na revista internacional BIOPHA - Biomedicine & Pharmacotherapy; outros já estão submetidos para novas publicações. As pesquisas em torno dos benefícios de plantas medicinais para casos de queimadura e doenças crônicas começaram em 2014. No entanto, o reforço veio nos anos seguintes com a Profª Drª Ana Paula Girol, por meio de sua orientação de Mestrado e Doutorado em Biociências pela UNESP de São José do Rio Preto e do trabalho de Iniciação Científica sobre o chá verde da Profª Andréia de Haro Moreno. Em 2017 foi criada a Liga de Fitoterápicos e Plantas Medicinais pelo curso de Biomedicina, dando ênfase ao desenvolvimento das pesquisas. Também a partir de 2017 os estudos com fitoterápicos propiciaram parceria com a Profª Maria de Lourdes Gomes Pereira, da Universidade de Aveiro, Portugal. A universidade pública, sediada na cidade de Aveiro, foi criada em 1973 e tem como referência a alta qualidade de suas investigações em Biologia. Ao todo 32 alunos de Iniciação Científica dos cursos de Biomedicina e Medicina da UNIFIPA, quatro mestrandos e três doutorandos desenvolveram pesquisas em torno dos fitoterápicos, o que resultaram em mais de 57 apresentações de trabalhos em Congressos, seis publicações em revistas nacionais e internacionais. Oito trabalhos foram apresentados em congresso internacional, na França, no último mês de junho. Os trabalhos desenvolvidos têm investimento da UNIFIPA, CNP e FAPESP. A Profª Ana Paula informou que os resultados demonstraram que o uso de algumas plantas medicinais estudadas, como a bardana, aumentou a cicatrização em queimadura de segundo grau. Ela contou que também foram observados efeitos positivos em outros campos clínicos de estudo, com a redução da inflamação no modelo de doença obstrutiva pulmonar crônica (DPOC) pela administração do extrato de bacupari. As pesquisas continuam em andamento, segundo a coordenadora do curso de Biomedicina. “Estamos dando sequência aos estudos que visam descobrir novas bases fitoterápicas, como o preparo e padronização dos extratos, triagem fitoquímica, avaliação antimicrobiana, antioxidante, citotóxica e aplicação terapêutica em modelos in vitro e in vivo de extratos de novas plantas cultivadas em herbário da UNIFIPA”, revela a pesquisadora. Ana Paula Girol ressalta que com o aumento gradativo da demanda por novos métodos e medicamentos no tratamento e cura de doenças, a instituição, seus alunos e professores vêm na fitoterapia uma alternativa barata, com grande abundância de matéria prima na região e alto poder medicinal ainda não explorado como ferramenta paliativa e preventiva das enfermidades que acometem a população. Foto: Produtos à base de fitoterápicos confeccionados pelos alunos do curso de Biomedicina.